O adepto vive o futebol e não passa sem ele. Quer cada vez mais jogos, mais competições, mais espectáculo. Quer jogos à quarta e ao sábado, semanalmente. Quer cada vez mais porque o espectáculo do jogo lhe alimenta a alma e o faz esquecer dos problemas do dia-a-dia. Mas o adepto não corre.
Futebolistas estão no limite das suas capacidades. Quem o diz são os jogadores. FIFPro defende período obrigatório de férias de 4 semanas

Num inquérito recente realizado pela FIFPRO sobre o calendário oficial dos futebolistas profissionais, quase metade dos jogadores (46%) que jogaram mais de 50 partidas numa época, consideraram este número excessivo.
“Se toda a gente adora ver um bailarino num recital de balé, porque é que não hão-de gostar de ver na natação artística.”

Há poucos desportos como a natação artística – antigamente apelidada de natação sincronizada – no que à sua participação diz respeito. Encontrar um homem nesta modalidade, é como encontrar uma agulha num palheiro: difícil, mas possível.
Em 2016 tornou-se na primeira atleta muçulmana-americana a usar um hijab nos Jogos Olímpicos, ganhando o bronze. Dois anos depois, conta como foi marginalizada pela própria equipa

Verão de 2016. Jogos Olímpicos do Rio. Ibtihaj Muhammad torna-se na primeira atleta muçulmana-americana a participar nos jogos olímpicos usando um hijab. A juntar a isto, alcança mesmo a medalha de bronze em sabre de equipas, para gáudio do povo americano. Feito histórico, sinal de que cada vez mais a diversidade é vista como algo natural num mundo de constantes migrações, e de que a discriminação racial faz parte do passado. Era bonito, mas a realidade dos factos não é esta: quem o revelou foi a própria atleta, numa entrevista ao The Guardian.
“As pessoas querem que o desporto as entretenha, não que as eduque sobre problemas sociais”. Perceba como combater esta ideia, numa entrevista com o novo modern man of distinction

Há quem diga que o desporto é união, partilha e comunhão entre comunidades que raramente vemos juntas no cenário do dia-a-dia. Talvez por isso seja comum ouvirmos que o desporto tem a capacidade para mudar a sociedade, hipótese que não parece descabida tendo em conta as audiências. Paradoxalmente, muitos acusam o desporto de estar atrasado em relação aos restantes meios da sociedade.
“O próprio deficiente ainda tem uma mentalidade retrógrada. É o reflexo da sociedade”. Teodoro Cândido, jogador de andebol em cadeira de rodas da APD Lisboa

Teodoro Cândido tem 64 anos. Sensivelmente a meio do percurso, aos 32 anos, teve de enfrentar um dos maiores desafios da sua vida. Tudo começou por ser apenas uma ferida no dedo do pé, que passado vários meses lá permanecia. Mais tarde, descobriu que sofria de doença arterial periférica oclusiva…
Porque é que as mulheres ainda são desvalorizadas quando falam de futebol? Tenho um palpite: interpretação errada do significado de uma amostra que está a mudar

Não me interpretem mal. O Mundial de 2018 terminou e este tem, sem dúvida, sido o mundial da emancipação feminina no que ao futebol diz respeito. E ainda bem. Tanto por cá, como lá fora, foram muitas as repórteres e comentadoras que fizeram parte deste mundial, muitas delas que vivem o futebol dia-a-dia, sendo jogadoras, treinadoras ou jornalistas desportivas desde há muito.
Ironman por uma ironwoman: a história da mais velha indiana a completar a prova

Tem 52 anos e energia para dar e vender. Anju Khosla tornou-se recentemente na mulher mais velha da Índia a completar a prova de triatlo conhecida como Ironman, uma das provas mais exigentes da modalidade.
E depois do adeus ao futebol? Mind The Gap, o projecto que quer preencher o vazio de quem se retira dos relvados

A carreira de futebolista é intensa mas curta e, quando termina, nem todos sabem como preencher o tempo que antes era ocupado por treinos e jogos.
“Não pode competir de forma justa nos jogos Paralímpicos.” Sonia Cox, mãe da recordista mundial com Síndrome de Down

Imagine que é um recordista mundial em quatro modalidades mas não tem condições para competir de forma justa no maior palco desportivo do mundo. É essa a situação em que Charlotte Cox se encontra.
A depressão em alta competição: algo recorrente que deve deixar de ser tabu. Quem o diz são os atletas

Os atletas de alta competição são geralmente olhados como uma espécie de extraterrestres pelo cidadão comum, como pessoas que vivem num mundo aparte, num mundo quase perfeito. Em alguns casos adquirem esta fama devido ao dinheiro que ganham, noutros devido à fama consequente do seu sucesso.
Até abril nunca tinham ouvido falar de futebol, agora querem ser profissionais

Pode parecer difícil de imaginar para um ocidental mas até há bem pouco tempo, as mulheres de uma aldeia no distrito de Thaparkar, um dos 29 distritos da província de Sindh, no Paquistão, não sabiam o que era futebol.